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Bolsonaro e Beatrix Von Storch: Afirmação de um Governo Brasileiro Fascista?


Reprodução/Instagram Beatrix von Storch


Resumo


No dia 22 de Julho de 2021, com o polêmico encontro do Presidente da República, Jair Bolsonaro e a deputada alemã do partido Alternativa para a Alemanha, Beatrix Von Storch, a mídia brasileira e até mesmo a mídia internacional, responderam de forma negativa sobre o ocorrido, principalmente por Beatrix possuir posições extremistas, conservadoras e, muitas vezes, com conotações preconceituosas, xenófobas e racistas. O encontro trouxe força para o debate sobre as raízes e pretensões do governo bolsonarista e como esse encontro deixava uma marca ainda mais evidente dos posicionamentos extremos do presidente e que, em muitas vezes, seu governo traz uma ideologia parecida de governos autoritários, marcados pelo ódio e violência, como o fascismo e o nazismo. O presente artigo tem como objetivo explicar se o governo brasileiro pode ser chamado de fascismo dada a complexidade do século XXI, a partir do encontro entre as duas figuras políticas. Além disso, o artigo discutirá sobre fascismo e o nazismo, trazendo a semelhança desses governos do século XX para o presente cenário.


Palavras-chave: Bolsonaro; Beatrix von Storch; fascismo; nazismo; bolsonarismo.



Abstract


On July 22, 2021, with the controversial meeting of the President of the Republic, Jair Bolsonaro and the German deputy from the Alternative for Germany party, Beatrix von Storch, the Brazilian media and even the international media, responded negatively about the event, mainly because Beatrix has extremist positions, conservative and often with prejudiced, xenophobic and racist connotations. The meeting brought strength to the debate about the roots and pretensions of the Bolsonarist government and how this meeting left an even more evident mark of the president's extreme positions and that, in many cases, his government brings a similar ideology of authoritarian governments, marked by hate and violence, such as fascism and Nazism. This article aims to explain whether the Brazilian government can be called fascism given the complexity of the 21st century, from the encounter between the two political figures. In addition, the article will discuss fascism and Nazism, bringing the similarity of these 20th century governments to the present scenario.


Keywords: Bolsonaro; Beatrix von Storch; fascism; nazism; bolsonarism.



O Polêmico Encontro entre Bolsonaro e a Deputada Alemã Beatrix Von Storch


No dia 22 de julho de 2021, o atual presidente da república Jair Bolsonaro, realiza um encontro com uma deputada alemã, representante do Alternativa para a Alemanha (AfD), conhecida por sua ideologia ligada à extrema-direita, Beatrix von Storch. O encontro foi marcado por uma péssima crítica por parte da mídia e daqueles contra o atual governo brasileiro. Essa má repercussão se dá a vários motivos, e entre eles está a figura da própria deputada, tendo ela sido incluída em vários acontecimentos polêmicos e marcados pelo preconceito e discurso de ódio.



Quem é Beatrix Von Storch E Por Que Ela Foi Um Alvo De Inúmeras Críticas Internacionais?


Beatrix Von Storch trouxe uma forte opinião negativa a partir da mídia brasileira e internacional, pois além de seus discursos altamente preconceituosos, ela possui laços familiares com nazistas, por ser neta de Lutz Graf von Krosigk, ministro de Finanças do governo de Adolf Hitler, e de Nikolaus von Oldenburg, membro do Partido Nazista e da SA (força paramilitar de Hitler).

Ela é vice-presidente de seu partido a AfD, tendo sido construído em 2013, este é conhecido no território alemão como o partido mais conservador, de ideias negacionistas, racistas, antissemitistas, e com pautas extremamente preconceituosas de um modo geral. Além disso, o partido desde março de 2021 está em vigilância por parte do governo alemão, porque um serviço secreto alegou diversas violações à democracia e violações aos direitos humanos e constitucionais.

A própria deputada está inserida no âmbito de investigações, além disso, em 2018 foi investigada por publicações em suas redes sociais que incitavam o ódio contra muçulmanos. Atualmente, todos os meios de comunicações e de serviços do apresentado partido estão sendo controlados e monitorados pela Ação Federal para a Proteção da Constituição, serviço de inteligência desenvolvido pós Segunda Guerra Mundial que objetiva monitorar e proteger à constituição alemã, não dando abertura para a ascensão de partidos radicais tais como foi o nazismo.

Os discursos mais conhecidos da deputada são aqueles em que de alguma forma, ela demonstra o seu forte aspecto radical e preconceituoso. Demonstra inspiração em sua política em alas mais radicais da Política Internacional, tais como a Tea Party, conhecida como a ala mais extremista do Partido Republicano estadunidense. Demonstra preocupações à situação da Alemanha perante a imigração em massa, principalmente de refugiados vindo de zonas conflituosas, sendo assim, defende a presença de fronteiras seguras em seu país. Um de seus momentos mais radicais se deu em 2018 ao criticar a publicação em árabe da Polícia do Departamento de Colônia, ela escreveu em seu twitter:

“Eles pretendem apaziguar os conflitos com homens bárbaros, muçulmanos e estupradores assim?”.

Após o ocorrido, teve sua conta suspensa por 12 horas. Outros momentos foram o discurso de utilizar armas de fogo em crianças e mulheres refugiadas caso fosse preciso, e, mais atualmente, está se colocando de maneira negacionista no contexto da pandemia do Covid-19, criticando medidas de isolamento social e a própria vacinação da população.




Resposta por parte do Governo de Bolsonaro, Partidos de Oposição e do próprio Cenário Internacional.


O atual presidente da república, visto a repercussão negativa que o encontro gerou, tentou minimizar seus impactos questionando o motivo de tanta indignação por parte da crítica, afirmou que a deputada foi eleita democraticamente e que não havia razão para que eles não se encontrassem. Além do mais, afirmou não saber do parentesco dela com ex-ministros nazistas.

Inúmeras críticas foram publicadas, deixando claro a gravidade que tal encontro trazia. O Museu do Holocausto, museu brasileiro que tem como objetivo relembrar as vítimas desse episódio trágico da história e alertar as consequências do ódio, o racismo e a intolerância, publicou:


“É evidente a preocupação e a inquietude que esta aproximação entre tal figura parlamentar brasileira e Beatrix von Storch representam para os esforços de construção de uma memória coletiva do Holocausto no Brasil e para nossa própria democracia”.

Além do museu, o Instituto Brasil-Israel, também chamado de IBI, mostrou sua insatisfação através de uma carta de repúdio:


“Ao contrário de uma união dos conservadores do mundo para defender os valores cristãos e a família, como sugeriu Bia Kicis, esses encontros estão mais para união de políticos de extrema-direita irrelevantes no cenário global. Um abraço de náufragos”.

Por fim, o presidente da CPI, Omar Aziz deixou grandes críticas ao ato do presidente. Alegou que o encontro foi uma afronta à Constituição Brasileira e à democracia, além de que ele estaria também afrontando o Exército Brasileiro que lutou contra o nazismo durante a Segunda Guerra Mundial.

Afirmou, também, que quando precisa de ajuda, Bolsonaro pede ajuda ao Primeiro-Ministro israelense, além de que o apoio a Israel é um ponto sempre presente nas falas de apoio do presidente brasileiro.

Em suma, o encontro foi visto de forma muito negativa pela comunidade nacional e internacional, sendo alvo de inúmeras críticas. O partido de extrema direita e fortemente conservador AfD não é visto de modo positivo no cenário internacional, seus encontros são poucos, mas sempre marcados por líderes conservadores, líderes do partido já se encontraram, além de Bolsonaro, com o ditador da Bielorrússia Aleksandr Lukashenko; com o presidente russo, Vladimir Putin; e com o ditador sírio, Bashar al-Assad.



Governo Bolsonaro: Aproximação da Extrema-Direita Internacional, suas Similaridades com Governos Fascistas e Nazistas, e o Pós-Fascismo


A comparação entre o governo atual de Bolsonaro e governos fascistas e nazistas, tem se tornado cada vez mais comum, entretanto, especialistas como Emilio Gentile em uma entrevista para a BBC, mostra que não é viável identificar governos como o de Bolsonaro como governos fascistas, mesmo considerando a forte presença de aspectos de extrema-direita. Isso se dá ao fato de que não há como ter regimes fascistas no cenário atual, uma vez que, o fascismo é caracterizado por um período entre guerras. Afirma, porém, que a democracia pode virar uma repressão através do apoio popular.

Outro especialista, Enzo Travesso (2018), traz a expressão pós-fascismo em suas contribuições, dando a entender que o fascismo por si só é inadequado, visto que ele é caracterizado por aspectos que estavam presentes na Europa, e que eles não se aplicam em governos radicais atuais.

Caracteriza-se o pós-fascismo como “fenômeno transitório, em mutação e que ainda não está cristalizado” (TRAVESSO, 2018, p.67). Difere de termos como o neofascismo, visto que esse, abertamente, se considera uma nova continuidade do fascismo. O pós-fascismo, por outro lado, não remete essa continuidade, mesmo que compartilhem aspectos em comum. Travesso (2017) continua apontando que o que caracteriza esse fenômeno é a presença de um regime particular, com uma historicidade igualmente particular, visto que teve seu início no século XXI. Essa característica tão recente leva à sua instabilidade, contraditório e, muitas vezes, sem uma estrutura contínua, sendo antinômica.

Para que haja uma total comparação do fascismo, com o pós-fascismo e, por fim, colocar as informações adquiridas através da comparação ao governo Bolsonaro, é necessário compreender a historicidade do fascismo no período entre guerras e ver as semelhanças com o novo fenômeno e como este se aplica à governos de extrema-direita.



Fascismo, Características, Historicidade E Raízes


O fascismo é um regime totalitário que surge no início do século XX na Itália, em especial quando Benito Mussonlini chega ao poder, possuindo como base, uma ideologia fortemente autoritária, nacionalista e com várias pautas raciais. Griffin (1996), caracteriza o fascismo como:


“Usado de maneira genérica, fascismo é uma palavra que designa um gênero singularmente multiforme de política moderna, inspirado pela convicção de que um processo de renascimento nacional (palingênese) se tornou essencial para pôr fim a um prolongado período de decadência social e cultural, e expressando-se ideologicamente em uma forma revolucionária de nacionalismo integral (ultranacionalismo).” (GRIFFIN, 1996, p.300)

Entre os diversos teóricos que estudam sobre tal ideologia, há um consenso que dentro dela há uma forte ideia de que a sociedade está em um período decadente e que é necessário uma ação mais radical para que haja um novo começo para que esta comece a ascender novamente. Payne sintetiza a noção de fascismo ao afirmar que este é:



“Uma forma de ultranacionalismo revolucionário que se baseia numa filosofia primariamente vitalista, que se estrutura na mobilização de massas, no elitismo extremado e no Führerprinzip (princípio da liderança), que dá um valor positivo à violência e tende a considerar normais a guerra e/ou as virtudes militares.” (PAYNE, 1996, p.14).


No contexto da ascensão do fascismo, principalmente no período pós e durante a Segunda Guerra Mundial, o fascismo deixava claro a sua posição contra revolucionária em relação aos ideais liberais e comunistas.

O presente texto utilizará para fins de comparação, o conceito de fascismo apresentado por teóricos marxistas, especialmente as contribuições de Leon Trotsky, que faz suas contribuições no contexto da ascensão do nazismo da Alemanha entre 1930 e 1933.

Trotsky (2018) aponta dois fatos que facilitaram a popularização do Nacional-Socialismo (Nazismo): a crise profunda e a ausência de um partido revolucionário que represente as massas populares. Dessa forma, a ascensão do fascismo na Itália e o Nazismo na Alemanha é causa da crise do capitalismo monopolista, causando um descontentamento das camadas sociais médias, levando estas a formar movimentos revolucionários (MANDEL, 1995). Sendo assim, tanto o nazismo e o fascismo são considerados, segundo Trotsky, movimentos análogos:

“A base genuína do fascismo é a pequena burguesia. Na Itália, ela tem uma base muito grande Na Alemanha, igualmente, há uma ampla base para o fascismo” (TROTSKY, 2018, p.12).


Bolsonarismo: Uma Nova Interpretação Do Nazismo E Do Fascismo?


Ao considerarmos as interpretações apresentadas acerca do que seria o fascismo, como as de Griffin, podemos considerar o governo Bolsonarista como uma interpretação de tal ideologia, sendo que este promete e reafirma a necessidade de um renascimento nacional.

Mussolini, por exemplo, forte figura do fascismo italiano, demonstrava a necessidade da reconstrução do sucesso do Império Romano, já Hitler apelava para a supremacia do passado alemão, e Bolsonaro cultua a ditadura militar, trazendo uma conotação positiva para esse momento tão violento e cruel da sociedade brasileira.

Também, há outras fortes similaridades, como o forte desprezo ao comunismo, trazendo uma pauta de destruição da ideologia, além de comportamentos e falas xenófobas, racistas, militaristas e preconceituosos como um todo. O The Nation, em uma de suas reportagens traz uma breve comparação entre aqueles que apoiam o atual presidente brasileiro, com os apoiadores de Hitler, apontando que assim como a elite ficou a favor de Hitler, ela está fazendo com Bolsonaro no século XXI.

Em outra reportagem do The Nation intitulada “A genuine fascist is on the verge of power in Brazil’ O jornal traz o personagem Arturo Ui, paródia de Adolph Hitler, escrito por Bertolt Brecht, para compará-lo com o cenário brasileiro, em especial com o Presidente da República. Apresenta ambos como possuidores de valores familiares e de cristões apaixonados por armas.

Mas dado o cenário internacional e sua complexidade, é difícil propor uma resolução e uma resposta pontual ao que se concerne à termos que possuem similaridades e diferenças. Para explicar o fenômeno do bolsonarismo e a ascensão da extrema-direita, para que, assim, possa comprar ao fascismo e ao nazismo, é necessário entender a globalização capitalista neoliberal, e que este fenômeno causa o que Daniel Bensaid chama de “pânico identitário”. Este traz formas religiosas de nacionalismo e alimenta conflitos étnicos (BENSAID, 2005; LOWY, 2019). Lowy (2019) afirma que a globalização e a crise de 2008, que foi a pior crise financeira desde a Grande Depressão, ocasionada por uma bolha imobiliária nos Estados Unidos que elevou os valores imobiliários, mas que não acompanhou o aumento de renda da população, trouxeram ainda mais o neoliberalismo, sendo este, uma doutrina socioeconômica defensora de ideias como a intervenção estatal mínima dentro da economia, para o mundo, ocasionando fortes desigualdades e injustiças sociais. Pierre Dardot e Christian Laval (2016) também apontam o neoliberalismo como uma distorção da ideia de democracia, trazendo um ideal antidemocrático.

Dado às desigualdades características do neoliberalismo, a ideologia de direita e, principalmente da extrema-direita, veio como alternativa para aqueles que se sentiam fracassados perante as mudanças que ocorriam com o avanço do capitalismo, a ideologia extremista, característica da direita, criou na população inimigos imaginários (FILGUEIRAS. DUCK, 2019), gerando um ressentimento, causado pela crise, desemprego e baixa renda da população.

Dado atual cenário brasileiro, pós eleições de 2018, com a vitória de Bolsonaro, Atílio Boron (2019) não considerou o governo vigente como fascista, dado que suas características não batiam com o fascismo dos entreguerras, restrito à Europa, mas não nega que o fascismo pode sim estar presente ali, com novas e emergentes interpretações. Na mesma linha de raciocínio, o historiador Demian Melo aponta que o discurso bolsonarista apresenta características que podem ser colocadas como fascistas, visto que este traz, também, uma ideia de reconstrução nacional.

Por fim, Lowy (2020) descreve que Bolsonaro e sua ideologia estão no campo de um neofascismo e um neoliberalismo, trazendo a maior diferença em relação ao fascismo clássico, no lugar de um nacionalismo econômico, pautado por um protecionismo, o presidente brasileiro, através da globalização e privatizações. É caracterizado por um ultraliberalismo, além de uma dependência ao imperialismo norte-americano. Luis Filgueiras e Graça Duck o sintetizam como uma conjunção do neoliberalismo e o do neofascismo. Nicos Poulantzas (1972), mostra que o fascismo não é um fenômeno limitado e inflexível, mas que este podia sofrer alteração dada a conjuntura inserida. Nesse sentido, é nítido afirmar que o atual governo brasileiro possui fortes raízes na ideologia apresentada, porém, dada a globalização e a presença de novos fatores no século XXI, não pode ser considerado fascista. Entretanto, dependendo da abordagem analisada, este pode ser caracterizado como pós ou neofascista, devido às particularidades específicas de seu governo como um forte neoliberalismo e dependência do imperialismo norte-americano, diminuindo característica clássicas como o nacionalismo e o protecionismo.



Considerações Finais


Pode-se concluir que o encontro de Bolsonaro com a deputada Beatrix von Storch é um forte exemplo da aproximação de seu governo com ideologias extremistas, caracterizadas pelo ódio e pelo preconceito. A deputada postou em seu Instagram um texto, após o encontro com o presidente brasileiro, que a esquerda estaria empurrando sua ideologia através de organizações internacionais e que cabe aos conservadores defender seus próprios valores em nível internacional. Esse encontro serve, também, para afirmar as pretensões do governo bolsonarista com uma posição mais extrema, muitas vezes considerada fascista.

O fascismo se mostra como um fenômeno flexível que sofre mudanças de acordo com o cenário inserido e os mais variados fatores. O século XXI é caracterizado pela globalização, a forte dominância do capitalismo e o neoliberalismo, sendo assim, a ideologia bolsonarista leva em consideração essas premissas para se fortalecer e atender as mais variadas demandas da população, para que assim, ele possa se propagar. O apreço por uma ideologia mais liberal por parte de Bolsonaro, trazendo a mínima intervenção do Estado sobre a economia, vai contra ideais clássicos do fascismo tradicional, este que preza por um nacionalismo, uma valorização do país. Dessa forma, uma alternativa, que depende das mais variadas interpretações, é considerar seu governo como neofascista ou pós-fascista, sendo o último ainda mais flexível, em que não está comprometido com o contexto histórico ou áreas correlatas.

Em síntese, o encontro entre o presidente e a deputada alemã expõe muitas questões que desde as eleições de 2018 são alvos de crítica por parte do governo vigente e que vem trazendo uma insatisfação muito grande acerca de parte da população. A reunião tratou de pontos como críticas à movimentos como o Black Lives Matters e questões envolvendo a comunidade LGBTQIA+, dando lugar a um ponto muito pertinente em ideologias extremistas: o ódio, o preconceito e a discriminação como um todo. Vê-se um governo, já considerado extremista, se aproximando ainda mais de outros partidos e governos igualmente extremistas. O ocorrido afirma ainda mais o papel do Brasil, especialmente de seu governo, sendo caracterizado por uma articulação da direita, podendo, muitas vezes, ser colocado perante uma articulação de extrema-direita.



Referências Bibliográficas



(org). Dicionário do pensamento social do século XX. Rio de Janeiro: Zahar, 1996, p.300.


BENSAID, Daniel. Fragments mécréants. Mythes identitaires et République imaginaire. Paris: Lignes, 2005.

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POULANTZAS, Nicos. Fascismo e ditaduras: A III Internacional face ao fascismo. Vol.2. Porto: Portucalense , 1972.

TRAVERSO, Enzo. Espectros del fascismo: Metamorfosis de las derechas radicales en el siglo xxi. Pasajes, n. 50, p. 4-20, 2017.


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TROTSKY, Leon. Como esmagar o Fascismo. São Paulo: Autonomia Literária, 2018.

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