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PORQUE A OLIMPÍADA DE PARIS É UM GRANDE MARCO PARA A PARIDADE DE GÊNERO NO ESPORTE.

(Divulgação/COi apud ESBRASIL, 2023).

 

RESUMO:

Hoje em dia temos o discernimento para saber que desde o início dos Jogos Olímpicos as mulheres enfrentaram inúmeras dificuldades no esporte. Inicialmente sendo excluídas das competições e posteriormente tendo que enfrentar mais desafios que qualquer homem devido a desigualdade de gênero. Contudo, como podemos ver, ao longo dos anos a participação feminina vem aumentando gradativamente e apesar dos avanços significativos, ainda há uma luta contínua por igualdade. De certo, podemos afirmar que as conquistas e desafios enfrentados pelas mulheres no esporte evidenciam a necessidade de um futuro mais justo para todos os atletas.

PALAVRAS-CHAVE: Olimpíadas; Esporte; Gênero; Desigualdade; Paridade.

apud GAMA; GORZIZA; BUONO, 2024).

DESENVOLVIMENTO:

 

De forma a contextualizar, desde do princípio dos Jogos Olímpicos podemos notar as mais diversas adversidades enfrentadas pelas mulheres no esporte. Inicialmente, em 1896, as delegações não só eram menores, como também as mulheres eram excluídas das competições porque eram vistas como inadequadas para competir em esportes de alta rendimento. Somente de 1900 que essas barreiras machistas, consolidadas pelos papéis de gênero, começaram a ser rompidas e as mulheres puderam começar a adentrar, mesmo que em um número reduzido, no universo olímpico, entretanto estavam fadadas a participarem de esportes considerados mais “cabíveis” para o gênero feminino, tais como ténis e golfe.


Contudo, com o passar dos anos, felizmente, a participação feminina foi crescendo apesar dos obstáculos e os incentivos no âmbito esportivo também foram aumentando. No decorrer das edições e através do tempo obtivemos a inclusão de novos eventos femininos e o aumento no número de atletas mulheres foi surgindo gradativamente. Atualmente, progredimos muito e tivemos avanços significativos, mas seguimos na busca constante por mais igualdade, melhores oportunidades de treinamento, maior visibilidade e também mais apoio financeiro para o esporte feminino como um todo, já que algumas barreiras, principalmente no que se refere a remuneração masculina em comparação a feminina e também a disparidade de salário entre os atléticas ao redor do mundo ainda são problemáticas a serem resolvidas.


Até muito recentemente, a Olimpíada de Tóquio havia sido a edição dos jogos que chegou mais próxima da paridade, todavia, pela primeira vez na história da competição, este ano conseguimos alcançar a inédita paridade de gênero. Este, por sua vez, era tema que muito havia sido debatido no Comitê Olímpico Internacional (COI) nos últimos anos e felizmente foi concretizado. No que diz respeito ao número de atletas, dos 10.500 atletas participantes dos jogos, 5.250 são homens e os outros 5.250 são mulheres. Não só isso, como também podemos destacar que o Brasil pela primeira vez terá uma delegação majoritariamente feminina. Nossos principais destaques esse ano incluem Rayssa Leal e Rebeca Andrade, ambas medalhistas olímpicas em 2021, e no que se refere aos atletas masculino podemos citar Caio Bonfim e Gabriel Medina. Não apenas esses, como contamos também com centenas de outros atletas plenamente capacitados.

 

CONSIDERAÇÕES FINAIS:

 

Portanto, fica claro que a luta pela igualdade de gênero nas Olimpíadas reflete uma batalha mais ampla pela equidade nos esportes e na sociedade de forma geral. A disparidade de gênero na história é um tema que traz à tona grandes desigualdades e desafios enfrentados pelas mulheres no esporte, e analisar essa trajetória nos permite entender as conquistas e também os desafios que até então ainda persistem, bem como também servem para promover um futuro mais igualitário para todos os atletas no Brasil e no mundo.

         

FONTES BIBLIOGRÁFICAS:

 

DEPASSE, Guillaume. Paris 2024: os primeiros Jogos Olímpicos com total igualdade de gênero. [S. l.], 27 mar. 2023. Disponível em: https://olympics.com/pt/noticias/paris-2024-primeiros-jogos-total-igualdade-genero. Acesso em: 25 jul. 2024.


ESBRASIL. Paris-2024 revela identidade visual da Olimpíada e Paralimpíada. [S. l.], 8 fev. 2023. Disponível em: https://esbrasil.com.br/paris-2024-revela-identidade-visual-e-pictogramas/. Acesso em: 26 jul. 2024.


GAMA, Gabriel; GORZIZA, Amanda; BUONO, Renata. Olimpíada de Paris deve ter a maior participação de atletas mulheres da história. [S. l.], 28 mar. 2024. Disponível em: https://piaui.folha.uol.com.br/olimpiada-de-paris-deve-ter-maior-participacao-de-atletas-mulheres-da-historia/. Acesso em: 29 jul. 2024.


REDAÇÃO DO GE, Guillaume. Paris 2024 terá a maior participação feminina em 100 anos; veja números: Na semana do Dia Internacional das Mulheres, COI anuncia a mesma quantidade de vagas para mulheres e homens pela primeira vez na história dos Jogos Olímpicos. Paris, França, 8 mar. 2024. Disponível em: https://ge.globo.com/olimpiadas/noticia/2024/03/08/paris-2024-tera-a-maior-participacao-feminina-em-100-anos-veja-numeros.ghtml. Acesso em: 29 jul. 2024.


ZANLORENSSI, Gabriel; HEMERLY, Giovanna. A evolução do número de mulheres em Olimpíadas: Jogos Olímpicos de Paris terão mais de 10 mil atletas em 2024. Delegação brasileira será majoritariamente feminina pela primeira vez na história. [S. l.], 18 jul. 2024. Disponível em: https://www.nexojornal.com.br/grafico/2024/07/18/olimpiadas-paris-2024-atletas-por-genero. Acesso em: 2 ago. 2024.

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